sexta-feira, 5 de junho de 2015

Análise Informal: Entre Abelhas

Por que análise informal e não Resenha?
Acho que ainda não tenho um nível profundo de análise para construir uma resenha complexa, portanto prefiro escrever somente o que eu achei de um filme. Essa pequena coluna tem a pretensão de sair todas as semanas, tentarei sempre as sextas falar sobre um filme que assisti recentemente e gostei.
Como essa é a introdução padrão vamos ao que interessa, o filmes dessa vez é Entre Abelhas , protagonizado por Fábio Porchat e dirigido por Ian SBF, ambos criadores do Porta dos Fundos.
Esse pôster vende muito mal o filme

Sei que a primeira vista um filme do Porchat não parece ser grande coisa, não é para menos, alguns erros como O Concurso e Meu Passado me Condena são mais do que motivo para afastar muitas gente do cinema. Mas também são motivo para trair muito mais pessoas ansiosas por piadas infames.
Esse filme não é nada disso, é bom pois não tem um humor imbecil, mas é ruim por não possuir um público grande.
Porchat deixa de lado sua gritaria e comédia escrachada para investir em algo mais sério

O filme conta a história de Bruno (Porchat) que acabou de se separar de Regina (Giovana Lancelotti) e para esquecer deste momento seu amigo Davi (Marcos Veras) tenta o atrair a todo instante para festas e mulheres.  Até aí o filme é uma comédia besta normal, mas com o passar do tempo Bruno para de enxergar as pessoas.A mãe de Bruno(Irene Ravache) é uma personagem que acredita muito no filho, mas pensa que ele está ficando louco e promove alguma teorias bem engraçadas sobre a origem do problema e como solucioná-lo.
Por mais que o filme possua cenas engraçadas, com o ator Luis Lobianco principalmente, o enfoque não é na graça, mas sim em dramas pessoais, fato este que espanta algumas pessoas, que por verem a cara gigante de Porchat no pôster pensam que vão se contorcer de tanto rir.
Sem a comédia pastelão na maioria dos momentos o filme segue em frente e começa a aprofundar temas como a depressão de maneira brilhante. Apesar de forçar o palavrão em muitos momentos, como todo filme nacional este drama coloca a solidão como uma doença de maneira que eu nunca vi igual em um filme brasileiro.
A abordagem que se busca na história é diferente e essa é a palavra que traz a maior virtude para um filme nacional “diferente”. Após uma curta sessão de cinema eu saí feliz com o que vi, não por causa do clima do filme, mas sim por presenciar uma obra que se distancia do enlatado Globo Filmes e possui uma carga de alegria a quem quer que o cinema nacional comece a produzir mais coisas boas.

Veja o trailer abaixo: