quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Análise informal. A Grande Aposta

Em aquecimento para o Oscar 2016 farei análises informais sobre os 8 indicados à Melhor Filme e aos indicados a melhor roteiro original.
Já fiz sobre Mad MaxAQUI
E sobre SpotlightAQUI
A Grande Aposta (The Big Short) filme do diretor norte americano Adam Mckay, conhecido pelas comédias O Âncora e Quase Irmãos, gosto muito da primeira. Desta vez ele se arrisca a fazer algo muito destoante de todos os seus filmes.
O filme conta a história de uma descoberta sobre a possível quebra do sistema financeiro americano, baseado nos títulos de hipotecas que se em algum ponto acumulassem uma taxa poderiam ruir os bancos que faziam empréstimos para estas hipotecas. Esta foi a minha tentativa de fazer um resumo do filme e isto é algo que permeia o filme, a dificuldade das pessoas que entendem pouco de economia em captarem todos os dados do filme.
(Foto: Divulgação)

Este sistema de hipotecas criou uma bolha, esta bolha foi descoberta pelo economista Michael Burry (Christian Bale), que apresenta uma das mais brilhantes faces da Síndrome de Asperger. Após analisar os números Burry vai à um banco e compra seguros para caso a bolha exploda ele ganhe com isso, os bancários riem dele, pois na época ele estava apostando contra o sistema econômico americano, daí o nome do filme.
Outras pessoas sabem dessa jogada e tentam descobrir se essa aposta é fundada, Jarred Venett (Ryan Gosling), Mark Baum (Steve Carell) e também a dupla Jamie Shipley (Finn Wittrock) e Charlie Geller (John Maggaro) que se aliam a Bem Rickert (Brad Pitt). Esses núcleos tentam descobrir se a bolha é real e como podem faturar com ela caso ela estoure.
O filme poderia se manter apenas no papo econômico chato, mas o diretor Adam Mckay faz pequenas inserções muito bem feitas, como Margot Robbie em uma banheira explicando os termos ditos em tela, além de referências da cultura pop para simular a passagem de tempo e a quebra da 4° parede de maneira muito divertida. O grande problema é que no cinema não se pode dar pause e em vários momentos eu me via perdido em meio a tantos termos de econômicos, mas existe uma vertente que esse filme se sai muito bem: os dramas humanos em meio a um rombo que pode mudar a vida de milhões de pessoas. Não é uma indicação à toa ao diretor
Adam Mckay e Steve Carell (Foto:Divulgação)

Steve Carell e Christian Bale, indicado ao Oscar, trazem as melhores atuações do filme, o primeiro sofrendo um quadro de depressão e outro isolado de tudo e todos. O filme é baseado em fatos reais, logo todos já sabem que o sistema ruiu e que aquelas pessoas sofreram muito, o filme não faz julgamentos pessoais aos que lucraram com a crise, mas sim com as grandes corporações, que mesmo com muitos atos que prejudicariam a população saíram ilesas e ainda receberam auxílio do governo. O roteiro, indicado ao Oscar tem a árdua missão de tentar colocar essa história de maneira acessível, em muitos momentos não consegue, mas aplica um bom drama. Spotlight por exemplo, traz um roteiro complexo, mas que todos que assistem entendem o que está acontecendo em tela.
A última fala de Brad Pitt no filme, e a última dita por Carell é um soco no estômago de todos.

Por fim é um filme difícil de se ver, com muitos termos técnicos, mas os dramas pessoais são universais e podem ser entendidos por todos. 
Assista o trailer abaixo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário